segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Poema "O Dia da Minha Poesia" (soneto)


No dia da apresentação do meu livro "Sente, Logo Vives e Sonhas"


O Dia da Minha Poesia

Duas noites tão mal dormidas
Invadido por assaz ansiedade,
Ó Deus! De mim tende piedade,
Curai-me destas míseras feridas!

Finjo-me poeta e venho do nada,
Sou como poesia que do nada vem
E o perfume e beleza que contém
São flores e são mar a si agarrada.  

Quanto tempo que eu bem lhe dedico
Que me põe os olhos doridos e cansados,
De todos os poemas escritos e rasgados

E d’outros que, por bem, com eles fico
Em cofre de sonho de veludo rico,
No aconchego deste livro guardados.

JA18C




domingo, 7 de outubro de 2018

Poema "O Natal é..." (Natal de 2013)

Encontrei este poema feito para o Natal de 2013

O NATAL É...
Relógio dourado do tempo parado,
Suave nevoeiro de doce algodão,
Barco sereno em bom porto ancorado...
NATAL... É COMPREENSÃO!
Subir o monte e inventar felicidade,
Perder-me no mar e aportar numa ilha,
Ver num olhar a cumplicidade...
NATAL... É PARTILHA!!!
Um beijo franco que se soltou,
Um olhar amigo que alimento nos traz,
Uma mão que outra encontrou...
NATAL... É PAZ!
O Sol que dá lugar às estrelas,
O frio que se converte em calor,
O sarar de todas as mazelas...
NATAL... É AMOR!
JA13C



sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Poema "Espelho" (soneto)


Espelho

Olho-me no espelho e vejo tão pouco,
Que não sei se é problema só da vista.
Talvez! Mas receio que o mal persista
E esta angústia quase me deixa louco.

E se ao acordar já vejo mal, ao deitar…
Ao deitar, ainda é pior. Só pelo receio
De se meter a noite escura pelo meio
E no dia seguinte nem sequer acordar.

Oh… Por que razão me faço eu sofrer,
Com dor de burro que tenho ao correr
Se todos os burros correm para sonhar…

Não digas nada espelho, não me digas,
Como és tão dado a mentiras e intrigas
Que enjoam neste baloiçar em alto-mar.

JA18C




terça-feira, 2 de outubro de 2018

Poema "Não me Digas Quem Sou" (soneto)


Não me Digas Quem Sou

Não me adivinhes pela expressão do semblante.
O meu rosto fecha-se e segura o pensamento
E ao sangue que a ele aflui em cada momento.
Guardo os sorrisos da minha alegria ofegante.

Não me tenhas pelo olhar impreciso e perdido,
Porque a poesia transporta-me por esse mundo…
É um chamamento ao sentimento mais profundo
Que lentamente ao jardim da vida me tem trazido.

Olha e vê-me no todo, nas virtudes e nos defeitos,
De ti apenas as virtudes canto e sem preconceitos,
Mesmo que algumas só resultem deste meu cerzido.

Aceita-me como sou, e se te revês no meu sentido,
Deixa a Primavera chegar para bebermos os efeitos
Do florir das acácias que nos levará todos os pleitos.

JA18C







sábado, 29 de setembro de 2018

Poema "EU QUERO SER" (soneto)


Poema escrito para as crianças do 4º ano da Prof. Cida Oliveira

Poema lido no sábado, dia 29-maio-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.



EU QUERO SER

Quero ser a criança que sorri,
Ter momentos na minha gargalhada,
Véu de água cortada se surfada,
Estrelas de um estio vivo aqui.

Montar a bicicleta e ir por aí,
Respirar o ar que sinta leve e puro,
Sonhar ó sol, brincar e ver futuro,
Saborear o fruto que comi.

Tentar melhorar cada dia mais,
E ser gentil, amigo e bom rapaz
Para te dar a mão sempre que cais.

A singular doçura de donzela,
Se altera o coração, não sou capaz
Dar-lhe flores a olhar nos olhos dela.

JA18C - José António de Carvalho - Poema reformulado em 30-setembro-2020
Foto net.









sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Poema "As Flores e a Poesia" (soneto)


As Flores e a Poesia

Dou rosto por uma poesia singela
Tão simples o quanto é o meu viver,
De complicado já basta este meu ser,
Peço às flores que a tornem mais bela.

Às flores do óvulo e do ovo, e da vida…
À flor do sorriso, da pele, do teu olhar,
Trato e sonho-as num jardim de encantar,
Flores nuas com alma de poesia vestida.

Flor da Vida e da morte, flor do monte,
Flor do campo e singela, rosa dobrada,
Flor de jarra, bela, perfumada, mas cortada

E condenada a não ter seu outro horizonte,
Fútil ultraje esse, que a impede de exalar
O perfume das flores e o sentido d’amar.

JA18C






terça-feira, 25 de setembro de 2018

SENTE, LOGO VIVES E SONHAS - Convite Apresentação do Livro

O meu livro
SENTE, LOGO VIVES E SONHAS
Com a participação especial da Academia Sara Salazar - Danças Orientais







segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Poema "Primavera" (soneto)

Primavera

Que anseio é este tão grande?
Porque te canto a esta distância?
Estação e memória da infância
E a de sempre que me lembre…

Isto é a Vida! A natureza abrolha,
O mais vagaroso coração acelera,
A tua lei, natureza, é a que impera
E todo o pombo pomposo arrulha,

Faz e refaz ninhos. Também a cama
Se faz e desfaz. É a seiva que pulula.
Tudo nos transforma quando se ama,

Razão do mar que no sangue circula,
Pelo pulsar do coração que inflama
Ação e reação do sentir até à medula.



JA18C





sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Poema "Outono" (soneto)


Outono

Sempre me mandas os dias pela metade,
Sendo metade luz e outra metade noite,
Dia em alegria, e a noite fria como açoite.
O vento vergasta as folhas à sua vontade

E levanta nuvens de pó na terra ressequida,
Não lhe basta ser terra e não poder dar nada,
Anseia a água como o amante a sua amada,
Esgotada de tudo, parece velha e encolhida.

Também sinto outono na minha alma cansada,
Cansaço menos natural que o da mãe natureza,
Flores que eram, frutos foram. Agora… a pobreza.

Quase nada resta de vida risonha e ensolarada,
De dias quentes e alegres, de gente apaixonada.
Venham dias! Tragam alegrias, e levem a tristeza!

JA18C




quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Poema "O Quanto Te Quero" (soneto)


O Quanto Te Quero

Se me vires a olhar as estrelas
E este voar em sonhos contigo,
Verás que não te ter é castigo
Tão grande como o não vê-las.

É como o perder a luz do dia
Ou o respirar do ar mais puro,
Não te ter é sentir-me inseguro
Ter fechado o sorriso à alegria.

Se o nenúfar só floresce na água
Nela afogarei toda a minha mágoa
Da ânsia de ver chegado esse dia.

Sou o rio que no mar se esvazia
Da água límpida e do amor sentido,
Doce sal nos meus lábios adormecido.

JA18C




sábado, 15 de setembro de 2018

Poema "Amizade" (soneto)

Amizade

Sonho com ela em todos os momentos,
Alimento-a como às flores dos canteiros,
Para não me perder em severos janeiros
Que se perdem na memória dos tempos.

Anseio por ti como da água pura das fontes,
Que me apaziguas e matas a ansiedade
Nua do engano e na verdadeira realidade,
Guardo-te a sete chaves e fortes correntes.

Amizade, quero-te assim fresca e singela,
Jovem que todas a manhãs se põe à janela
Deslumbrante e bela. E se no bem te sentes

Subsistirás ao tempo que as agruras debela,
Lançando-te sobre mim em aroma de canela,
E da minha vida peço-te que não te ausentes.

JA18C

Foto: JA17C




quinta-feira, 13 de setembro de 2018

SENTE, LOGO VIVES E SONHAS - Onde pode adquirir


SENTE, LOGO VIVES E SONHAS



Hoje chegou uma carrinha com caixas cheias de Sensações, Emoções e Sonhos.
Agora também são realidades que podem agitar o
vosso sentir e proporcionar os vossos sonhos.
O meu livro.




Publicação
Loja
Sente, Logo Vives e Sonhas - SUMARIO - PAPELARIA E SERVIÇOS LDA

Sente, Logo Vives e Sonhas Diztudo, livraria e papelaria Lda

Sente, Logo Vives e Sonhas -      Fnac Portugal A.C.D.L.D.M.P.T., Lda

Sente, Logo Vives e Sonhas -      Livraria Magistério- Almeida & Valente, Lda

Sente, Logo Vives e Sonhas -      Fontenova - Livraria e Papelaria, Lda.

Sente, Logo Vives e Sonhas - Porto Editora, S.A.

Sente, Logo Vives e Sonhas -      Jorge Manuel Lopes Marinho Livraria Bibelot

Sente, Logo Vives e Sonhas -      Livraria de José Alves, Lda

https://www.livrariaatlantico.com/poesia/sente-logo-vives-e-sonhas
https://www.fnac.pt/SearchResult/ResultList.aspx?SCat=0&Search=Sentes%2C+Logo+Vives+e+Sonhas&sft=1&sa=hist
Https://www.chiadobooks.com/livra…/sente-logo-vives-e-sonhas
https://www.bertrand.pt/…/sente-logo-vives-e-sonha…/22256151
https://www.wook.pt/…/sente-logo-vives-e-sonhas-jo…/22256151







quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Poema "Tudo o Que é Teu" (soneto)

Tudo o Que é Teu
Se posso ter a doçura do teu sorriso,
Não me deixes aqui a desesperar,
Porque o tempo assim custa a passar
Se não tiver do que mais preciso.

Se podes dar-me o brilho do teu olhar,
Dá-mo rapidamente, para não recair
Neste abismo d’ onde teimo em sair.
Olhar que me dará a força pr’ andar.
Se posso ter as carícias de tuas mãos
Diz-me a razão para continuar a sofrer
Esta miserável angústia de não as ter.
Se me podes ter no calor do coração,
E tu do meu tens esta ardente paixão,
Junta o calor do teu ser, ao meu arder.
JA18C



terça-feira, 11 de setembro de 2018

Poema "Sem Razão" (soneto)

Sem Razão

O mundo estremeceu quando acordou.
Terá a esfera voado para um outro lado?
O Homem chorou por si mesmo vergado.
A razão não morreu, a vida apenas abanou.

A luta mais dura do Homem faz-se em si
Nos aposentos do seu débil e duro coração.
E busca, procura… e não encontra sábia razão
Para parar de destruir tudo o que constrói.

A vida resiste tenazmente entre os destroços.
Muitas outras não, e passam para lá do limite.
As tantas que se perdem sem medir esforços…

Homem que se ilude. Acha que apenas faz o útil.
Pasme-se! E não fica uma semente de remorsos
Das vidas que todos os dias se vão por coisa fútil.

JA18C





sábado, 8 de setembro de 2018

Poema "Estou triste" (soneto)

Estou triste

Ando assim triste há algum tempo
E não sei se verdadeiras razões tenho,
Porque neste caminho por onde venho
Tenho visto gente em choro e lamento.

Se cada um sabe das suas dores
E só Deus sabe das dores de todos,
Se me disseres tudo em bons modos
Farei o meu caminho por onde fores.

Não me leves por igual aos outros
Porque ninguém é igual a ninguém,
Nesta vida que se consome aos poucos.

Oh! sábado quente, cinzento e tristonho
Que abrigo dás a estes pensamentos loucos
Decapita a dor que me vai tirando os sonhos.

JA18C




quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Poema "Vida" (soneto)


MENÇÃO HONROSA – Tema: “VIDA” (Grupo Poetas de Indaiatuba e do Mundo, FB)

Vida

Há quem a veja só como um jardim,
Uma ilha paradisíaca ou uma balada,
Um oásis, um sonho, uma madrugada.
Não! A vida é tudo isso e mais… Sim!

É um verso, uma estrofe, um poema,
Uma planta, um micróbio. É Ser alguém.
O animal marinho, a ave e outros cem.
Oh, se a vida fosse a felicidade plena...

É mais do que a obsessão de ganhar,
Ultrapassar, ignorar, anular, aniquilar.
Regatear mil cuidados à bela açucena.

É certeza das estações do ano que vem,
Dos dias de sol e de nuvens também.
É solicitar e retribuir a quem me acena.

JA18C





segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Poema " Rios de amor" (soneto) - X Antologia da Chiado

Este poema faz parte da Antologia de Poesia da Chiado Editora, intitulada "Entre o Sono e o Sonho"

Rios de Amor

Se o amor crescesse como os rios
No frágil leito até acordar no mar
E o verão não os fizesse minguar,
A minha pele derreteria d’arrepios,

Pela soma de tantos dias a somar,
Sonhos e mais sonhos, até um dia
Que se para de sonhar. E nada adia
A vinda desse dia… temido desaguar.

Mar onde se ri, chora, vive e morre,
O calor dissipa deste tempo que corre,
Onde o sol se afoga e o amor se esvai.

Ó rio que nas tuas águas a poesia vai
A bordo do coração em máximo vapor,
Pequena barcaça onde só cabe o amor.

JA18C




A minha participação na X Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea
"Entre o Sono e o Sonho"

Da Chiado Editora
Coimbra, 21 de outubro de 2018
Com o Antólogo Dr. Gonçalo Martins, Presidente da Chiado Grupo Editorial