domingo, 13 de junho de 2021

Poema "OLHAR À JANELA"

Poema lido hoje (23-junho-2021) no programa "Hora Mágica" da Rádio MUM, de Merlin Magiko.


OLHAR À JANELA


Sei lá por onde andavas
Até ao tropeço do momento
Que nos cruzou…

Trocámos tempo,
Trocámos luz do sol,
Trocámos pensamento,
Trocámos brisas e vento.

Olhei-me ao espelho
E não vi nada.
Fixei-me mais
E vi-te no fundo dos meus olhos.

Falei-me do mar,
Do pequeno grão de areia,
Da minúcia das palavras,
Da irrelevância dos gestos,
Da profundidade das insignificâncias.

E se tudo floresce
É porque é natural.

Cresce ainda
E permanece assim
Em mim!


José António de Carvalho, 12-junho-2021
Foto de Conceição Silva







sábado, 12 de junho de 2021

Poema "SORRISO DE CRIANÇA"

Participei com este poema no programa Livro Aberto da RVA, de Ana Coelho, emissões de 04-junho e 11-junho-2021, dedicadas à Criança pelo seu Dia Mundial.

Poema lido no sábado, 19-junho-2021, no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


SORRISO DE CRIANÇA


Sorri, sorri, ó criança,
nessa brancura de rosa,
com o teu sorriso avança
que a vida é preciosa.

Vê tu criança, e vê bem,
o que no mundo se passa,
o que demais alguns têm
pra outros é só desgraça.

Aprende petiz, aprende,
Aprende a crescer feliz,
Se a alegria se arrepende
Inda foge e não te diz.

Ama criança, ama tanto,
amar nunca é demais,
nunca remetas a um canto
aqueles que são teus pais.

Estende esse teu olhar doce
bem para além do horizonte,
vê o outro como se fosse
nascido da mesma fonte…

José António de Carvalho, 04-junho-2021



quinta-feira, 10 de junho de 2021

Carta de "AMOR A PORTUGAL"

Esta carta integrou a Coletânea de cartas de Amor da Chiado Books, janeiro-2019


Meu Amor

Bem sei que as cartas caíram em desuso, mesmo assim não resisto a escrever-ta, porque não é uma simples carta, é uma carta de Amor.

Quero que a leias com todo o vagar e de coração aberto. Se for possível procura um lugar verde natural, belo e recatado, para que esta carta se torne muito especial e relevante para o nosso sentir.

Talvez a devas ler junto às margens dum rio, numa paisagem natural e florida.

Pode ser mesmo junto ao Tejo, onde passe pelo meio de searas doiradas e quando o sol espelhe nas águas e ilumine o teu rosto doce, ou que a tua alma de flor passe serenamente num pequeno barco à vela, longe de nós e perto da outra margem, mas que nos aproxime cada mais, e mais.

Ou na margem do Douro, onde se consiga ver a tua adorável silhueta projetada nas folhas douradas das videiras plantadas nas encostas das montanhas e com o rio a serpentear-se no vale, e o teu perfume dê aroma às uvas rosadas para nosso deleite, que se transformarão em vinho que nos há de inebriar e tornar os nossos corpos etéreos, tornando-os sublimes, quentes e amantes.

Também poderá ser junto ao Vouga e Ria de Aveiro, onde a água salgada entra no corpo da terra por tanto a querer, formando-se enormes espelhos d’água que realçarão a tua beleza, ou pelas suas ramificações em ribeiras e regatos, como se quisessem abraçar tudo. Tal como o nosso amor, que tudo quer envolver à nossa volta e colocar-nos ao centro, unidos e abraçados, debaixo de sol ameno.

Ah, como gostaria que a lesses em Viana do Castelo, no jardim junto ao Lima, em dia que não esteja frio nem se faça sentir vento forte. Ou ainda, se preferires subir o monte de Santa Luzia, poderás lê-la bem lá no cimo junto ao mosteiro, irás deslumbrar-te com a cidade e com a foz. Adivinharemos o sol a afundar no mar e subir pelo rio. E como é sublime e lenta a penetração das águas do rio no mar, misturando-se como as nuvens de vários tons, fazendo lembrar o despir das tuas roupas que encobrem tanta beleza simples e natural.

Minha querida, se a preferires ler em Caminha, bem junto ao rio Minho, em Cerveira ou Monção, ficarei igualmente feliz. Tu serás cada uma das ilhas que dormem no interior do seu leito e eu serei as águas frescas e vivas à sua volta.

Não posso ir mais longe, se te entusiasma a ideia de a leres junto ao Guadiana, pode ser em Alqueva, onde o amor não vê fronteiras, e beijamo-nos nos segredos da pérola de Olivença e abraçamo-nos na tão querida e bela planície alentejana.

Ou ainda lê-la junto ao Sado, mas toma cuidado, porque este rio corre de sul para norte, tem as belezas do teu corpo no seu estuário e do teu rosto na península de Tróia.

Assim termino, enviando-te um beijo de carinho e amor.

Amo-te minha Pátria! Amo-te Portugal!

José António de Carvalho



segunda-feira, 7 de junho de 2021

Poema "RAIZ DA ESPERANÇA"

Participei com este poema no 67º Evento Literário Virtual da LUPA, que decorreu entre 21 e 27-junho-2021.


RAIZ DA ESPERANÇA

Doa-te livre nas mãos do vento
em todos os passos que vais dando
para não teres um contravento
forte, como o que te vai soprando.

Ó melodia de vida intensa
que feridas fundas vais curando
como seara de trigo imensa
que ciosamente vai ondulando.

E nasce nos teus olhos o dia
em longas manhãs de primavera
nos raios em que o sol irradia
despojos dos sonhos que tivera.

Longínquo céu que fazes voar
uma andorinha no mar perdida
de quem ama sem querer amar,
a esperança, como flor da vida.

José António de Carvalho, 06-junho-2021
Quadro de António Miranda – Arte Celano, Grupo de Artistas




sexta-feira, 28 de maio de 2021

Poema "TERRA LAVRADA"

Participei com este poema no programa Livro Aberto da RVA, de Ana Coelho, emissões de 21-maio e 28-maio-2021.


TERRA LAVRADA

Canto a magia do amor
de tudo que é natural e belo.

Canto o quente e húmido respirar
naquele voltar de si escaldante,
no enrolar selvagem e louco,
em voltas irreais e alucinadas.

E sente um prazer ardente
quando recebe nova semente.

Tão grande é o poder da terra
que acorda para novo ciclo
expondo o seu fértil ventre
a tão desejado regresso.

José António de Carvalho, 17-maio-2021
Foto: "gettyimages.com.br"





sábado, 22 de maio de 2021

Poema "DO ALTO DA MINHA TERRA"

Poema lido hoje, sábado, dia 05-junho-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


DO ALTO DA MINHA TERRA


Vivo nesta simples terra.
Nesta terra que sempre foi minha.

Aqui sinto-me um gigante.
Não porque ela me aumente o tamanho,
Se só me enche o coração.

Nem tão pouco porque seja grande,
Se ela é bem pequena.

Tão só vivo do seu Alto,
Porque é assim que a sinto...

José António de Carvalho, 22-maio-2021
Foto da minha autoria



segunda-feira, 17 de maio de 2021

Poema "TEMPO DE UM ABRAÇO"

Participei com este poema no XLI Encontro de poesia do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, que decorreu a 19-maio-2021, a convite de Rosangela Bruno Schmidt Concado.

Poema lido no sábado, dia 22-maio-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


TEMPO DE UM ABRAÇO

O teu olhar será sempre doce,
mesmo quando tapas os olhos
pensando que escondes a alma.

Mas leio-te profundamente
no intenso azul do mar.

E bebo palavras da tua boca,
saciando-me em enredos
de conquista dos teus lábios.

E devolvo-me ao sonho,
numa entrega voluntária,
atado nas cordas dos braços,
num abraço que dilui o tempo.

E permaneço…
Permanecemos,
abraçados
a sentir a leveza do vento.

José António de Carvalho, 17-maio-2021
Foto Pintura de “Camisa Arte Abraço De Gaia”






sábado, 15 de maio de 2021

Poema "QUEM SABE SE UM DIA…"

Poema lido no sábado, hoje, 15-maio-2021, no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica, dedicado ao Dia Internacional da Família.


QUEM SABE SE UM DIA…


Venceremos as diferenças,

Cumpriremos os desígnios,

Apagaremos os interesses,

Riscaremos o egoísmo,

Viveremos em respeito

E esqueceremos a regalia

Do privilégio individual

Para a comum alegria...

 

Aí…, nesse dia,

Talvez experimentemos

O calor que corre nas veias,

E assim alimentemos

O sentimento de família!!!!

 

José António de Carvalho, 14-maio-2021

Foto Eurocid - Dia Internacional da Família




quinta-feira, 13 de maio de 2021

Poema "O SOL DA VIDA"

Participei com este poema no XL Encontro de poesia do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, que decorreu a 12-maio-2021, a convite de Rosangela Bruno Schmidt Concado.

(Um ano depois...)


O SOL DA VIDA

Se quando o dia é mais dia,
De sol cor de ouro, forte e quente;
O coração mais que explodia
Num sentir de jovem, tão ardente.

Quando chegados ao ocaso,
E toda a beleza envolvente
Vai perder-se nos turvos traços…
Mas ainda temos alguns passos
Pra fazermos caminho em frente.

Mais tarde, quando a noite cai,
Lá no céu, as estrelas e a lua,
Bem sorriem, como quem vai
Para a festa da sua rua.

Mas a festa é em cada um,
Se houver motivo para haver.
De cada sonho faz mais um,
Com brilho do sol a nascer…

José António de Carvalho, 12-maio-2021
Pintura de António Miranda - Arte Celano, Grupo de Artistas







terça-feira, 11 de maio de 2021

Poema "ECLIPSE VERDE"


ECLIPSE VERDE


Num ano de tanto sofrer

Andava de negro vestido,

E tão necessária a mudança.


Que assim lá começo a correr

E se desço o negro prá calça,

Visto a camisa da esperança.


José António de Carvalho, 11-maio-2021

Sporting Clube de Portugal sagra-se Campeão Nacional de Futebol

19 anos depois.



quinta-feira, 6 de maio de 2021

Poema "IDENTIDADE" - Dia Mundial da Língua Portuguesa


IDENTIDADE

É como alvorada que acontece.
O sal das sílabas torna-se igual.
Unidos os mares, e que mares…
De ondas de palavras e alegria,
Que em bocas distintas permanece.
Esse nó que ata o ser desigual
Abolindo as fronteiras vulgares
De que o nosso mundo padecia.

Neste vislumbre transcendental
Que suplanta montanhas e vales,
Fervem os ritmos e a melodia,
Luz de novo sol que resplandece,
Água viva em fio umbilical
A alcançar voos mais singulares
Nas asas da língua em poesia
Que em dourada alvorada acontece.

José António de Carvalho, 05-maio-2021
Foto - 





terça-feira, 4 de maio de 2021

Poema "NÃO HÁ PARTIDA"


NÃO HÁ PARTIDA


Não há partida quando vai,
Quando vai apenas a pele...

A pele e o esqueleto.
Se deixou para trás
Tudo o que era quente,
Tudo o que era vivo,
Tudo o que era sangue…
E o coração não o desmente.

Depois…
Há rasgos de insana loucura;
Nos encontros e desencontros,
Na perda e na procura
Dos caminhos do envelhecimento.

Sem critério, sem conhecimento
E sem sentimento,
Nem o barco se faz ao mar...

José António de Carvalho, 04-maio-2021
Pintura de António Miranda (ARTE CELANO - Grupo de Artistas)






quarta-feira, 28 de abril de 2021

Poema "SEMENTES DO LIVRO"

Participei com este poema no programa Livro Aberto da RVA, de Ana Coelho, emissões de 30-abril e 07-maio-2021.


SEMENTES DO LIVRO

Quero ver a seara semeada,
todas as cores dum vivo jardim,
ver crescer nova árvore plantada
p’lo sentimento que trago em mim.
Depois, erguer os braços ao céu
pelo mar de alegria que me deu.

Almejo repetir maga jornada,
lançar grão para nova sementeira,
e ver crescer flores vindas do nada
para me tomarem a vida inteira
nesta simplicidade; e sempre assim,
novelos de versos até ó fim.

E fica-me o travo de angústia doce
p'lo relógio que anda sempre a correr,
e poder pará-lo, um dia que fosse,
para ver o encanto do entardecer
tendo o mar imenso por horizonte
e a poesia como a sua fonte.

José António de Carvalho, 28-abril-2021







sexta-feira, 23 de abril de 2021

Poema "SEDUÇÃO" - DIA MUNDIAL DO LIVRO - 2021

Participei com este poema no Sarau de Poesia, da Academia Poética ALIPE, comemorativo do Dia Mundial do Livro.

DIA MUNDIAL DO LIVRO - 2021


SEDUÇÃO


Olho-te nessa capa que te cobre
os mistérios, as aventuras, o sentimento.

Descubro-te pelas minhas mãos,
com os meus olhos, os meus sentidos,

E deixo-me voar livremente nas melodias,
nas fantasias, nas veias das mensagens,

Como um rio reluzente 
que desce calmamente
no aconchego do beijo às suas margens.

José António de Carvalho, 23-abril-2021










quinta-feira, 15 de abril de 2021

Pensamento "DIA A DIA"

Também no e-book <Escritas>


DIA A DIA

Todos os dias aprendo mais uma coisa nova,
e quando não aprendo lembro algo
que tenha aprendido no dia anterior.

Não importa quem ensinou.
Apenas lhe fico agradecido.

Faz bem recordar o que fomos ontem
para não colidir com o nosso hoje.

São tantos os momentos em que não sei
o que sou, e, por isso, procuro-me…
talvez por me ignorar completamente.


José António de Carvalho, 15-abril-2021
Foto da minha autoria



segunda-feira, 12 de abril de 2021

Poema "RAZÕES DO POEMA"

A minha participação no programa "Livro Aberto" da Rádio Voz de Alenquer, emissão das sextas-feiras, 16 e 23-abril-2021, da autoria da amiga Ana Coelho, na rúbrica "Criatividade Sem Limites", dedicado à poeta portuguesa Fernanda de Castro, e contém 15 palavras do seu poema "Alegria".

Agraciado pela publicação na Accademia Poética Mondiale Erato Portugallo.


RAZÕES DO POEMA


As amarguras de mais um dia

não podem matar as ilusões,

e mesmo nas mais duras traições

há caminho pra nova alegria.

 

Sonho com uma vida tranquila

que afugente a injusta crueldade,

que com ar vil e sempre reguila

lavre cicatriz na eternidade.

 

Em breves gestos de alegria,

deixo-a sorrir, cheirar as rosas,

afastando os espinhos do tédio,

para fundar no poema a raiz

como um vício que me faz feliz…



José António de Carvalho, 12-abril-2021
Foto da minha autoria





quinta-feira, 8 de abril de 2021

Poema "CHOVA ASSIM…"

Participei com este poema no XXXVII Encontro de Poesia do Grupo "Arte & Literatura Recanto da Poesia", tema: "Aquele Pôr de Sol que Chovia", a convite da amiga Rosangela Bruno Schmidt Concado.


CHOVA ASSIM…

Há manhãs que são eternas,
porque se perpetuam por todo o dia…

São manhãs de mãos leves
que se estendem ao crepúsculo;
manhãs de olhos audazes
que leem os pensamentos da noite;
manhãs de sorriso aberto
que escondem a solidão do dia;
manhãs de livres aragens e versos
que cantam sonhos e alegrias;
manhãs golpeadas pelo frio
que acendem as lareiras do auge.

Há também as simples manhãs,
e não mais que manhãs, manhãs,
que incandescem todo o dia e toda a noite,
que amarram o sentimento fugidio,
e aceitam amar a pequenez do improviso...
E só chove o pôr do sol
porque o aconchego do amor é preciso.

José António de Carvalho, 07-abril-2021



terça-feira, 6 de abril de 2021

Poema "SONHO E REALIDADE" (Soneto)

Poema que fiz para a rúbrica “COMPLETA O SONETO” do site “HORIZONTES DA POESIA”, apesar de o ter acabado demasiado tarde.
Contei com uma boa ajuda do amigo das letras Joaquim Sustelo, a quem agradeço.
MOTE:
1º Sonho de olhos abertos, caminhando
14º Outra luz, outro fim só pressentido...


SONHO E REALIDADE

“Sonho de olhos abertos, caminhando”
Lançado para o bosque desta vida
E neste andar nos vamos assustando
Se for em direção desconhecida.

Quem se perde no bosque vai rezando
Com medo de que seja a despedida,
São trajetos que a vida nos vai dando
Com cara de viagem não escolhida.

Mas temos de enfrentar tudo o que venha
No quadro natural que ela desenha
Tanto o mal que lhe temos cometido.

Mas os sinais que dá são uma senha
para a mudança, para que ela obtenha
“Outra luz, outro fim só pressentido.”

José António de Carvalho, 05-abril-2021
Foto de Conceção Silva



 

sábado, 3 de abril de 2021

Poema "ESPERANÇA TENAZ"

Este poema foi lido no sábado, dia 03-abril-2021 (sábado de Páscoa), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.

Participei com este poema no Sarau Comemorativo 2000 membros da ABMLP (BIBLIOTECA MUNDIAL DE LETRAS Y POESÍA), que decorreu no dia 03-08-02021.


ESPERANÇA TENAZ


Há uma saxífraga no tempo
branca e roxa, por obstinação
das luas de quaresma no vento,
estações frias sem remissão
nesta quarentena de convento
em ruínas… pó no coração.

Morram vértices do pensamento
pela resistência ó crescer
duma renovação feita dentro
do mais ínfimo glúon do ser,
pra fazer caminho no epicentro
do furacão que nos quer varrer.

Construa-se um templo de esperança
em fortes pilares de justiça,
e que a verdade que se afiança
como sendo única premissa
de manter o fiel da balança:
- peça-se ao Homem que não desista!…

José António de Carvalho, 01-abril-2021
Foto do largo da Capela da Nª Sr.ª do Amparo e da Igreja Paroquial de Vermoim/Praça Terras de Vermoim








quinta-feira, 1 de abril de 2021

Poema "SONHOS DE ABRIL"

Este poema foi lido no sábado, dia 24-abril-2021 (sábado de Páscoa), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


SONHOS DE ABRIL



Quando adormeço sinto-te a meu lado.
Alongas-te sobre mim como a hera
E sorris como o sol…
Deixando cair um cravo nos meus lábios.


É a Primavera de Abril…
Renovada em sonho acordado,
Longínquo e cada vez mais distante
Da limpidez, da luz, e da justiça
Em que Abril fora sonhado,

Mas nunca realizado!


José António de Carvalho, 01-abril-2021
Foto "Pinterest"