AQUI NESTE CANTO
Há voos livres das aves estampados no longínquo céu azul.
Há ideais inflamados pelo fogo do querer.
Há borboletas a serpentear o ar no seu voo irregular.
Há as cores vivas que os teus olhos querem ver
E campos abertos comprometidos com o mar.
Há sol, e depois chuva… e novamente o sol a abrir-se,
Árvores vestidas de folhas tenras de um verde intenso.
Há azevéns e trevos que se falam em surdina,
Estevas e papoilas que não querem despedir-se.
Esperanças que fervilham no peito num sentir imenso.
Há sorrisos mortos em cada rosto denso.
Há listas de nomes de gente gravados a fogo,
Há todas as alegorias nas lágrimas de um povo,
Um mundo de gente que não resiste a este jogo
E que vai sobrevivendo a aprender a nascer de novo.
Sou livre de sentir e pensar,
Embora nem sempre o consiga devido às tempestades:
“Em abril, águas mil.”
A sabedoria popular diz todas as verdades…
Tambem uma homenagem ao Abril da natureza. Poema lindissimo, poeta. Grata. Abraco
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga Ana Costa Silva!
EliminarLindo!
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura, amiga escritora Marisa Relva!
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