E anda toda esta gente assim tolhida,
Com o coração a sangrar de farpado,
São farpas espetadas pela vida
Que corre como um rio, amargurada.
Pessoas que já sabem rir do nada,
Porque se habituaram a este fado.
Andam a vida inteira a pagar dívidas,
As dívidas que nunca contraíram.
E são estas almas sinceras e lívidas,
Cujos sonhos cedo eram destruídos
Alimentados em seios caídos
De futuros que antes de ser, ruíram.
Não levantados de dores antigas
E novas dores têm de suportar,
São agora várias dores inimigas…
A recente, o Sepúlveda levou,
Gente mais nova e mais velha matou,
E a lista fará caminho a aumentar…
José António de Carvalho, 16-abril-2020
Fotos “internet” e Conceição Silva
E são estas almas sinceras e lívidas,
Cujos sonhos cedo eram destruídos
Alimentados em seios caídos
De futuros que antes de ser, ruíram.
Não levantados de dores antigas
E novas dores têm de suportar,
São agora várias dores inimigas…
A recente, o Sepúlveda levou,
Gente mais nova e mais velha matou,
E a lista fará caminho a aumentar…
José António de Carvalho, 16-abril-2020
Fotos “internet” e Conceição Silva
Adorei poeta. Infelizmente, e a verdade nua e crua. Abracos.
ResponderEliminarMuito obrigado pela análise e comentário, amiga Ana Costa Silva!
ResponderEliminar