Este poema foi lido, no dia 30-janeiro-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes", da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.
DIA DE TUDO OU NADA
Quando penso que é dia de uma coisa,
Depois vejo que afinal era dia de outra coisa.
Hoje é dia de tudo.
Mas é também dia de nada.
E se todos os nadas alcançam o tudo,
E o tudo esvai-se por entre dedos
Não restando mesmo nada.
Tudo e nada
Parecem a mesma coisa.
É assim que nunca me iludo:
Nunca fui nada.
Nunca tenho nada.
Nunca quero nada.
Além disso, o tudo eu sinto,
Porque tenho tudo e nada.
Se lhes disser que é só o nada,
Também lhes minto…
José António de Carvalho, 26-janeiro-2021
Pintura de Monteiro da Silva – ARTE CELANO GRUPO DE ARTISTAS
A ambiguidade do tudo e do nada! Escrita comemorável. Beijinhos. Saúde Poeta
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário, amiga Ana Costa Silva!
EliminarSaúde!...
Muito bom! Um jogo de contradições que afinal não o são.
ResponderEliminarGostei muito.
Abraço.
Muito obrigado por ter gostado, amiga das letras Rosário Serrado de Freitas!
EliminarUm abraço.