Este poema foi lido, ontem, 22-janeiro-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes", da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.
É AMOR
Quando passávamos pelas ruas
Por onde deixámos de passar,
Víamos flores sorrirem nas varandas
Vestidas de sonhos nus de impossíveis
Dum caminho que não teria fim.
Agora, enfim, interrogo as flores por mim…
Quando caminhávamos junto ao mar
Os peixes espreguiçavam-se da desova,
Era tão forte o teu perfume a maresia
Que o meu corpo vestia a areia nova
Seduzido pela espuma da onda que ia.
Agora, aqui, interrogo o mar por ti…
Nesta dimensão do regresso a casa
A sonhar sonhos que cheiram a vão,
E assim eles vão de asa em asa,
Enquanto pego na chave mestra
Para trancar as portas do coração.
Agora, a sós, interrogo a casa por nós…
José António de Carvalho, 13-janeiro-2021
Foto de Conceição Silva - Oceanário (Lisboa)
Um bonito poema!
ResponderEliminarPerfumado de maresia e o encanto da natureza!!
Muito obrigado pelo comentário, amiga Anabela Carvalho!
EliminarSimplesmente lindo poema, amei ler e ouvir!
ResponderEliminarMuito obrigado, amiga das letras Iva Rodrigues!
EliminarTudo de bom!