domingo, 10 de junho de 2018

Poema "Soneto a Camões no seu dia – 10 junho" (soneto)


Soneto a Camões no seu dia – 10 junho

Camões, ó grande Camões!
Quase quinhentos anos depois
Alguns lá vão ganhando tostões
E os poemas são aos milhões.

O computador substituiu a pena.
Até a inspiração a Pessoa fugiu,
A alma mantém-se coisa pequena,
Procuram-na cá… Ninguém a viu,

A fama, algo esquiva, bem se poupa.
Os encontros no céu estão marcados
Doutros Camões vestido na tua roupa.

Soneto pobre para teu glorioso dia.
Esforço-me para acabar este terceto
Sem a tua métrica, melodia e magia...



JA18C





quinta-feira, 7 de junho de 2018

Poema "Natureza da minha vida" (soneto)


Natureza da minha vida

Por mais que rebusque nas palavras
Que rareiam ao almejar escrever-te,
Pela beleza aclamar-te e cantar-te,
Reprovar-te pelas ações macabras.

Essa tua aura de Deusa imprevisível
Espalhada por mares, rios e montes,
Lagos, planícies, planetas e horizontes,
Fazem de ti aliada vital, bela e temível.

E o mal que te faço? Mereço que apontes:
Esgoto-te recursos, agrido-te toda a beleza,
Altero-te o âmago celular. E não consentes.

E se procedo ambiguamente, sem a firmeza
Que mereces, revoltas-te e deixas-me doente,
Não mereço de outra forma: Mãe natureza!!!

JA18C




quarta-feira, 6 de junho de 2018

Poema "Mar salgado, doce amar" (soneto)




Mar Salgado, Doce Amar

Gosto das manifestações do mar
As ondas tudo levam, tudo trazem
Ora enrolam e abraçam, ora expelem
Como os humanos no jeito de amar.

Mar, se és salgado és também doce
Na doçura do teu rosto salgado
Dás tudo e tudo levas pró teu lado
É tão factual como em ti o sol pôr-se.

Azul imenso das águas marinhas
Refletem a alma, incandescente sol,
Tanto agitas este coração mole.

Por que perguntas… Por que não adivinhas?
Que o mar e o coração têm duas linhas
Dar e receber, voltar e ir… como o Sol.

JA18C




terça-feira, 5 de junho de 2018

Poema "Meu Portugal"

Meu Portugal

Amo deveras este meu país!
Na pureza das águas cristalinas dos riachos
Deslizantes por fendas e escarpados das montanhas,
Na liberdade das aves, no seu voo suave e aberto,
O brilho do Sol que nasce e que além se afoga no mar.
Sonho as cores vivas das flores que nascem nos soutos.
País ao qual me dou, que nada me fala e tudo me diz.

Sou um fã deste Portugal!
Deliro com os seus grandiosos e mais belos feitos,
Com as suas vitórias. Carrego em mim as suas glórias
Passadas e presentes, longínquas ou futuras…
São a história do teu povo habituado a sofrer.
Obrigam-te a trocá-lo por interesses alarves e incógnitos,
Ou ambições opacas e desviantes, de loucos…
Todavia, vamos erguer Portugal aos poucos.

Sou um orgulhoso de ti!
Do teu mar e das praias largas ou estreitas de areia dourada,
Dos planaltos serranos, dos queijos e da flor das amendoeiras,
Das ilhas nascidas no oceano, beleza tenra, filhas da natureza.
E quem desce do Norte, cai em boa sorte nas superfícies planas,
Passando dos planaltos regados pelo Tejo às planícies alentejanas.
Almas calmas deste povo diverso e unido, velho e novo, que canta
E clama o país que ama. Queremo-lo vivo!
JA18C


segunda-feira, 4 de junho de 2018

PRÉMIO DE POESIA - "Grupo Poetas de Indaiatuba"


Sonhos & Pensamentos - José António de Carvalho
Publicado por José António Carvalho1 h
Este foi o meu agradecimento ao "Grupo Poetas de Indaiatuba" pela distinção atribuida.

"Tive um enorme gosto em participar neste concurso, a primeira participação, sou novato, e constituiu um orgulho e satisfação para mim, este reconhecimento dado pelos leitores, até porque a diferença cultural portuguesa e brasileira é sempre notada, mas devemos somar as diferenças e não subtrair. A eles, o meu agradecimento.
Um agradecimento especialíssimo aos mentores laboriosos do concurso, que só engrandecem a poesia em cada um de nós, e a todos poetas que contribuíram com o seu melhor.
Viva a POESIA!!!!"


Poema "Mais do que um sonho" (soneto)


Mais do que um sonho

O teu sorriso tem este sublime ensejo
De me fazer feliz e dar-me novo mundo,
Sorriso de sonho real em sono profundo,
Doçura contida nos lábios por um beijo.

Revolvo-me em mil memórias tuas felizes,
Deste acordar febril na penumbra de num dia
Pela janela entreaberta ver-te, beleza fugidia…
Agarrado a este sonho, só porque não dizes:

Que és a flor do meu jardim, minha alegria,
Eu, o teu espaço, o ar, a seiva, as tuas raízes,
Sendo tu a mais bela ninguém te confundiria.

A única flor à minha janela, que bem me ficaria
Dizer a toda a gente do amor que não me dizes,
Olhando-nos tão felizes do acordar em novo dia.

JA18C



sexta-feira, 1 de junho de 2018

Poema "Porquê"


Sonhos & Pensamentos - José António de Carvalho· 
(Para o aniversário de nascimento do meu pai - 03-06)


Porquê…

Sentimos o vazio da falta
Apenas quando não temos,
Choramos amarguradamente
A perda, porque perdemos.
E não nos avolumamos se temos,
Enchemos de alegria e voamos
Para os braços, enquanto podemos,
E dizemos o quanto te amamos?!

Fica esta perene e seca angústia,
Dor surda de mágoa pela ausência.
O horizonte negro, cheio de vazio,
E o teu lugar único sem presença…
Fica a saudade do olhar que protege,
Do sorriso agradecido na tristeza,
Que nos enche e engrandece,
Preenche e enche-nos de amor.

Tenho a certeza de que hoje
Continuarias a ser ombro seguro,
Que me secarias estas lágrimas
Que alagam os meus olhos tristes,
Que derramam e brotam de mim.
Que apagarias a dor que aperta o peito,
Deste nó cego que jamais se desatará.
Amor que só a morte o resolverá!...

JA18C



quarta-feira, 30 de maio de 2018

Poema "O CAMIONISTA"

CONCURSO - MENÇÃO HONROSA (Poetas de Indaiatuba, FB)


O CAMIONISTA


Ser solitário pela estrada fora,
Carrega no seu fardo todo o mundo.
Seus sonhos perderam o tempo, e agora
Não vê para além da curva ao fundo.


Esse solitário d'olhos despertos,
Vê a nudez do calendário e a tua
Beleza, e vai por caminhos incertos,
Perdendo-se em sonhos, de rua em rua.

Regressa morto, tanta a solidão...
Pró calor dos teus braços e dos beijos.
Não anda em contramão, ou trava o coração.
Mil cavalos velozes de desejos.


José António de Carvalho, 30-maio-2018 (Revisto em 13-maio-2020)
Foto da Internet (O camião)



segunda-feira, 28 de maio de 2018

Poema "NA VEREDA DO DESEJO" (soneto)



Este soneto foi lido por Raúl Tomé (Baltasar Sete-Sóis) no programa "Amantes da Poesia" da Rádio Nova - Pinhal Novo.


NA VEREDA DO DESEJO

Na escuridão não me digas quem és
Deixa-me conhecer-te, adivinhar-te…
Colorir tanto a vida, desnudar-te
E tu vestida apenas do que és.

Sim! Deixa-me tão só agradecer-te
O quão importante tu és para mim
Um delicioso afago sem fim
No meu corpo sedento por ter-te.

Não reduzo a importância da palavra
Ou recuso a chegada do sentimento
Se abro a minha alma em cada madrugada.

E tu… sol que ilumina os meus olhos
Cegas mais que a escuridão na noite
No calor escaldante de sonhos velhos.

JAC18C - José António de Carvalho, 28-maio-2018
Foto "Pinterest"








domingo, 27 de maio de 2018

Poema "Entre vales"



Entre vales

Faz-se entre vales por tudo e por nada…
Famalicão entre vales deita-se e acorda
Pujante, serena, aqui e além agitada.
Minha Terra!... Em ti a poesia transborda.

A filosofia de vida do teu laborioso povo
Eleva a tua magistral aura em toda a região,
Para enfrentares desafios neste mundo novo
Baseada em novos saberes na roda da evolução.

Nas encruzilhadas dos teus longos caminhos
Cimentaste firme folha da tua bela história,
Nos teus museus e jardins segues os trilhos
De vida, saber, arte e amor… Isso é memória.

JA18C

 


Poema "HOJE É DOMINGO"


HOJE É DOMINGO

Acordei cedo. O dia está cinzento
não se presta a passeios nem gargalhadas.
As costas doridas por dormir sentado,
na cama vazia contigo a meu lado;
tão vazia de mim, porque não sou assim.

Gosto de domingos com luz e vida cheia,
que pareçam paisagens e jardins…
de canteiros húmidos, verdes e floridos,
onde as flores sorriam e o amor vagueie. 

O domingo está triste mas vai mudar…
A dor nas costas sairá, as gargalhadas voltarão;
uma música entoará sonho e ilusão
da vida vivida ao som do coração.

José António de Carvalho, 17-maio-2018



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Poema "A INCERTEZA E O SONHO"


A INCERTEZA E O SONHO


A natureza exaspera do seu acanhamento,
As cores vivas das flores despertam o sentir,
O teu clamor acirra a chegada do momento
Episódico? Juvenil? O mundo parece explodir.

Se os rios transbordam pela sua abundância
De nascente. O que ocorre se chove mais?
Alagam-se margens, dilaceradas pela ânsia
Da procura do equilíbrio entre elas e caudais.

É neste equilíbrio oblíquo e agudo que procurarei
Ajustar o tamanho do sonho à forma do mundo,
Se o sonho nele não couber, a forma ajustá-la-ei,
O Sonho não sei. Este sentir é muito profundo.

JA18C



quarta-feira, 16 de maio de 2018

Poema "INFLAMAS-ME"


INFLAMAS-ME

Meu vulcão vivo...
Sente-te abraçada
e possuída.

Da paixão arrebatada,
Nas entranhas mimada,
Sente...

Corpo nu e ardente,
A alma cheia,
O coração quente.

Envolvo-me como uma brisa
Na tua alma proeminente,
De Amor
E dedicação.


Ardente paixão!…


José António de Carvalho,  16-maio-2018 (Revisto em 10-maio-2020)

Foto da Internet





segunda-feira, 14 de maio de 2018

Poema "Ser ou não ser"


Ser ou não ser

Não digo que poeta é fingidor,
Pessoa bem o sabe,
No amor e na dor
Não há fumo e arde.

Arde pelo bem e pelo mal…
Pelo sentir exacerbado,
Um sentir tal e qual,
Difícil de ser contado.

Como as cores do arco-íris
Ou das flores do meu jardim,
Cores para todos os sentires
Um ror de amores sem fim.

JA18C




quinta-feira, 10 de maio de 2018

Poema "Fadado ao fado"



Fadado ao fado

Nesta tarde de Sol
Sentado e calado
No mundo, e só.
Assim tenho estado.

Este é o fado
Que nunca cantei
Para aqui fui lançado
Jamais o procurei.

Não visto a saudade
Do que é passado.
Mas vivo na incredulidade
D’um futuro transformado.

E sem a tua poesia
E a doçura das palavras,
Nada mais aconteceria,
Restariam silêncios e trevas.

JA18C




terça-feira, 8 de maio de 2018

Poema "Luz que se apaga"


Luz que se apaga

Estou desanimado e triste,
Tenho esta horrível sensação
De enorme vazio no coração,
Choro. Parece que partiste.

Não sei qual o teu rumo,
Tão pouco quero saber.
A ficar só, prefiro esquecer.
É egoísmo meu. Assumo…

Esta dor mesquinha e surda
Corrói-me por dentro. Minh’ alma chora
Como criança que brinquedo implora,
Mesmo que seja birra absurda.

Desta forma não quero viver.
A minha vida pede a tua presença.
Assim é uma terrível doença
Que me levará a perecer.

JA18C



segunda-feira, 7 de maio de 2018

Poema "Abrigo de Sentimentos"

Abrigo de sentimentos

Segues de vela desfraldada
Entre ondas e vento forte
Em busca de barra amparada,
Lá, uma vez chegada,
Sorrirás da tua sorte.

Quero estar sempre contigo
Ser guia, tua bússola da vida
Teu porto seguro de abrigo
Ombro forte e leve de amigo
Em trajetória jamais percorrida.

Quando a Primavera chegar
Absorve o sentimento da vida,
Farás viagem no meu mar
Experiência jamais vivida.

Vive e saboreia cada momento,
Hoje que o amanhã tornará passado,
O teu barco zarpará para além do infinito
Enfunada a vela do amor que te tenho dado.

JA17C



quarta-feira, 25 de abril de 2018

Poema "Sou livre"

SOU LIVRE

Sinto que sou Livre.
Porque sonho contigo
E penso em ti a todos os instantes.
Do mesmo modo de quando era criança.
Os mesmos sorrisos e olhares,
Os pequenos passos e as voltas que dás.
O mesmo querer, a mesma esperança,
O meu sonho e o teu sonho de criança:


SER LIVRE…


Ser livre de não falar,
De não fazer o quero,
De não fazer exigências egoístas,
De não ver e não tocar o que te pertence,
Porque a tua realidade é somente idealizada
E não é humanamente praticável,
Porque existe um mundo fora de nós.

E a minha,
A tua,
E a liberdade dos OUTROS?
Só existe se não formos verdadeiramente LIVRES.
Se fundirmos o nosso querer,
Se desenharmos a ouro um laço nas nossas mãos.
Simbolizando uma entrega voluntária e sincera,
Plena, de Corpo e Alm
a, 
Ao RESPEITO
Pela INDIVIDUALIDADE.

JA17C




segunda-feira, 23 de abril de 2018

Poema "Tempo de viver"


Tempo de viver

É tempo de aproveitar
Cada instante, cada momento,
Amar sem mais parar
Dóceis dores, meu alento,
Viajar nas asas do mar
Até ti, bem lá dentro.

É tempo de viver
A vida, sem mais querer parar,
Porque tudo passa a correr.
Como o mar ao enrolar
Cada onda ao recolher
Ganha força p'ra voltar.

É tempo de ser
Sol, água, pão, lar,
O ter para não ter
Dor que as águas vão levar,
Em amor hão de devolver
Para nunca acabar.

JA14C



terça-feira, 17 de abril de 2018

Poema "Enrolada no sofá"

Enrolada no sofá

Perdida em sonhos…
De areia quente na praia
E do vai-e-vem do mar
Querendo abraçar-te
E falar-te de amor.
Porque será?

E continuas enrolada no sofá!

E o Sol?
Esse que te vê
O corpo perdido e só
Na imensidão do areal,
Imagem irreal
Do sonho, é natural

Enrolada no sofá...

A sonhar com o amor
E a Primavera fria
Que o Sol te possuirá
Bem profundo nesse sonho
Enrolado...

Enrolada no sofá.

JA17C




segunda-feira, 16 de abril de 2018

Poema "NUNCA É CEDO..."

Participei com este poema no XLIII Encontro de poesia do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, que decorreu a 26-maio-2021, a convite de Rosangela Bruno Schmidt Concado.


NUNCA É CEDO...


Não deixo para logo
O que sinto por ti agora.
Digo-o sem reticências.
Sem demoras:


Quero-te!…


Mais do que o respirar,
Ouvir-te
sentir-te
Abraçar-te


Bem forte!…


Este querer
Não te perder.
E este amar-te
Até ao último dia que há de nascer:


Com este amor…


E a leveza do voo das aves
Ou a incerteza do seu destino.

Sou água límpida e tu também,
Que nos misturamos e fundimos,
Águas d’um só leito…


AMOR PERFEITO


JA17C
José António de Carvalho, 2017





quinta-feira, 12 de abril de 2018

Poema "NÃO PERCO O SONHO"



NÃO PERCO O SONHO


Se tivesse o engenho e arte de Camões,
A imaginação e fantasia de Pessoa,
A harmonia da poesia venceria os repelões
A que a submeto, por muito que me doa.

Se tivesse o intenso sentir de Camilo,
De Espanca herdado a liberdade poética,
Teria a indelével marca do bom estilo
Sem as digressões desta nefasta métrica.

Admiro o rigor da escrita de Antonieta Costa,
O adorável romantismo da Santos, a Fernanda,
Demasiado grandes que toda a gente gosta.
Eu, escrevo pequeno, o talento assim manda.

JA18C



Poema "Cores"


Cores

Pinto-te com cores do meu coração,
As que os meus olhos enxergam,
Amores sem resistência desta paixão,
Nos teus braços abertos se entregam.


Sem a espera, sem a demora.
Felizmente contigo.
Agora...

JA17C




quarta-feira, 11 de abril de 2018

Poema "SER GENTE..."



SER GENTE…


Porque vive e sente,
Move-se no sonho,
Ama verdadeiramente
E não se envergonha.


Porque finge ao medo,
No forte anseio de crescer,
Sorri e acorda cedo
Da noite sem adormecer.


É quem te olha diretamente
E te segura a mão,
Enxagua-a com as lágrimas
E coloca-lhe uma fatia de pão.


É prestar-te singela atenção...


JA14C




sexta-feira, 6 de abril de 2018

Poema "Só se vive uma vez" (soneto)




Só se vive uma vez

Descalça pelas pedras da calçada
Caminhas pé ante pé, e a medo
Saia de cetim fina e esvoaçada
Ao raiar do dia. Ainda é cedo...

Tão cedo que é demasiado tarde
Para viveres a juventude subtraída
E agora não tens quem te guarde
A metade de ti abandonada e perdida.

Quando se é jovem o sentir arde,
O coração inflama na busca de guarida
Num corpo qualquer desalmado e cobarde.

E não para o descer sempre a calçada
Para que a hora nunca se faça tarde
Na tua vida pobre, triste e desamada.

JA18C



domingo, 1 de abril de 2018

Poema "Olhos"


Olhos

Espelhos da alma
Que falam por si
Verdades ou não
Depende de ti.

Rios de cores cintilantes
Deslizando em veludo
Em leitos inebriantes
Que veem tudo... e de tudo.

Falam por si, falam por aí,
Agitando-se aos sete ventos
Belos olhos esses que vi,
Tristes, espetados no chão, desatentos.

São as tuas pétalas, flor.
Águas calmas, espelhando o céu
Correntes inquietas de amor,
Fervilhantes no rosto, só teu...

JA17C