Participei com este poema no 68º Evento Literário Virtual da LUPA, que decorreu entre 28-junho e 03-julho-2021
O VOO DAS ANDORINHAS
Quedam-se dos voos pelos céus
As andorinhas aventureiras,
Abastadas de instinto de descoberta,
Apaixonadas pelas nuvens
E pelos ventos de cetim,
Voam até ao limite dos céus
Inalando as toxinas fétidas do ar,
Que lhes asfixiam a essência do sorriso.
E caem numa tempestade pérfida.
Perdem o decisivo argumento:
Para quê voar tão alto
Se fazem ninho de lama nos vãos da vida?
Há punhais que dilaceram sonhos.
Palavras que rasgam as entranhas
E atingem o coração já cansado
Pela travessia de muitos mares.
E vão morrendo flores e primaveras,
Mas as andorinhas não perdem o sonho.
José António
de Carvalho, 21-maio-2020
Magoa e tristeza, cravadas no voo dos sonhos ... verdade em palavras, poeta. Gratidao
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga Ana Costa Silva!
EliminarO meu comentário; é que tenho muita pena que os portugueses leiam pouco, e o pouco que leem, é a mesma coisa que não lerem.
ResponderEliminarEste poema agrada-me emenso na medida que existe nele metáforas que entram muito bem na narrativa. Os meus parabéns, e continuarei a ler os seus poemas, assim que os publicar.
Muito obrigado.
Eu é que lhe agradeço a leitura do poema e o seu comentário! Muito obrigado!
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