FECHA-SE A PORTA, ABRE-SE A JANELA
Abandonados aos nadas da vida
A cumprir esta dura quarentena,
Dura forma de vida, enegrecida,
Que desfaz todo e qualquer preconceito.
E pensar se assim é que vale a pena
Ou se antes é que era bom, com efeito.
O caminho até aqui bem nos mostra
Que o Homem é como um outro ser qualquer…
E se for para viver como uma ostra
Ou pra andar aqui a dormir como um gato,
Qualquer dia desatino de facto,
Ou ainda terei alguém que mo vai dizer.
Mesmo estando nesta guerra escondidos,
Mas que o inimigo nos vê por inteiro,
Segue os nossos passos desprotegidos…
Oh minh’ alma exausta, exposta ó desgaste,
Nem calculas o susto que pregaste
P’la falta da luz do teu candeeiro.
Ainda assim vejo p'la minha janela
Que o sol, o mar e os campos estão aí,
Que sorriem como outrora. Mas ela,
Confinada, oh... que vida torturada!
Triste como leoa acorrentada,
Numa ténue esperança ainda sorri!
José António
de Carvalho, 27-abril-2020
Foto da capa da Antologia
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Lindo poema a vida e a esperanca. Obrigada. Um abraco
ResponderEliminarMuito obrigado por gostar do poema, amiga Ana Costa Silva! Um abraço.
ResponderEliminarQue bonito!!!
ResponderEliminarNão sei como este escapou-me. O feed de notícias não me mostrou este poema com algum humor à mistura ao desatino😊
Muito obrigado, amiga Anabela Carvalho, pela leitura atenta e pelo comentário!
EliminarMagnífico poema!...Fala-nos de como no meio deste "turbilhão de incertezas, haverá sempre uma luz ao fundo do túnel"...! Direi mesmo que é escrito de uma forma SUBLIME e com muita ESPERANÇA!!!
ResponderEliminarBem haja por partilhar.
Muito obrigado pela leitura, análise e pelo seu comentário, amiga Licínia Castanheira! Um abraço.
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