SE RAZÕES HOUVESSE
Talvez tenha perdido o que nunca tive…
Essa graça que nunca fora um céu meu.
Se a graça se desprende dos olhos de graça
E ilumina o rosto entre duas lágrimas.
Talvez tenha perdido só por estar perdido.
Porque a vida é um denso bosque obscuro…
Se nunca inventei nada além do perder
Uma ínfima luz sequer, que me fizesse ver
Tudo o que passa com os dias a correr.
E perder, perder… é deixar de voar nos sonhos,
Deixar de ver os teus olhos quando se escondem,
Deixar que o teu sorriso de catraia se contraia,
E assim não há mar calmo, nem areias na praia.
Talvez te tenha perdido, porque…
Mas não importam as razões de te perder,
Se a primavera, de que tanto gosto,
Também não sei se a voltarei a ter…
José António de Carvalho, 25-maio-2020
Foto da minha autoria
Lindissimo poema. Um magnifico poema escrito por um poeta excepcional! Bem-haja!
ResponderEliminarMuito obrigado por tão elogioso comentário, amiga Ana Costa Silva
EliminarA Primavera está dentro de cada um de nós, no meio de tantos Invernos. Senti-la é tê-la e a viver ... Não me feched os teus olhos(diz a Primavera), e eu serei sempre flor em teu jardim.
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga Anabela Carvalho!
EliminarLindíssimo
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário, amiga Rosaly Fleury!
Eliminar